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Mostrando postagens de janeiro, 2009

Leigo

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- Não entendo mais as tuas fases... -Como assim?!? -Perdi todo o meu conhecimento sobre a lua... Jaquelyne de Almeida Costa

Orquída-me

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Orquida-me Cupida-me Atrás das paredes Das cartas Grandes em seu caos-metáforas. Aumenta-me Lua-me Atrás das estrelas Dos desejos Fartos em sua ardência insâne. Folhea-me Arranca-me Do fundo das raízes Sedentas Profundas num querer pírico. Anilina-me Aroma-me Dos perfumes violáceos Nas páginas ainda brancas Escreves tua profecia tão antiga em mim. Ardeventarega-me E em teus braços, berço seráfico Me acolhes e não fales nada Basta olhar daquele jeito de amar E entenderei tudo E sentirei o todo. Jaquelyne de Almeida Costa .

Janeflí confessa gratidão a Kozmic Soldier

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Janeflí recebeu belo presente do amigo Giuseppe , dono do maravilhoso blog http://www.kozmicsoldier.blogspot.com/ O lindo cabeçalho do presente blog da Jaque Sou , que agora está muito mais alegre, com novo visual!!! Gepp, muito obrigada por tudo que tens me dado, por tua fiel amizade!!! Ósculos e amplexos daquela que é porque tem que Ser!!

Janeflí procura Apolo

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Não agüento mais esta tortura De mim te escondes ou Não me procuras? Não. Bem sei que tu não és egoísta Não negas teu amor a ninguém. Venceste o mal quando derrotaste Píton Mostraste que a força que carregas é vinda daquele que te deu a vida. Estáis em tantos sóis Em todas as águas do mar. Deste-me a luz, a tua luz, Para que eu pudesse ser... Tu, que és o filho amado de Zeus, Ó, tu, que és a razão de meu amor mais puro e claro, Tu que és a verdade mais digna dos homens E me profetisas em teu destino: Venhas me buscar Há muito estou perdida neste labirinto Tenho medo da escuridão Porque ela me traz súcubos e sonhos ruins. Fere com tua flecha Aqueles que me fazem o mal Amansa o coração daqueles que querem me arrebatar, Ó belo pastor, traz-me a cura para esta saudade de amor que me sinto Tão agudamente... Serei tua pitonisa Farei de teu templo uma canção sem fim Onde as liras descansarão as almas dos poetas e dos aflitos! Venhas, n

Crepúsculo

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Ao ver Crepúsculo Teus olhos de fogo incendiaram-me por inteira deixa que teu corpo eu esquente: serei tua eternamente de qualquer maneira. Jaquelyne A. Costa

Eu corto os pulsos

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Eu corto os pulsos e vivo ferida porque sou Poeta todos os dias . Trecho do poema eu corto os pulsos. Jaquelyne de Almeida Costa.

De tanto fechar a porta

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Foi o mar que causou a espuma de meus dias foi o amor que transformou o azul de meus pensamentos foi a rosa que não ofertei para alguém e que não recebi de quem amei porque há uma velhinha casmurra dentro de mim que pede atenção a todo momento mas só sabe sustentar a bengala-ilusão e logo fica exausta de tanto amar em vão de tanto se trancar em vãos de tanto espaço de solidão de tanto negar o meu coração de tanto fechar a porta em frente ao mar. Jaquelyne de Almeida Costa

Anúncio que vem do mar

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Ao vento forte As sementes se lançam E deixam levar A mão que já não tenciona Está frouxa como também o corpo Tão leve pluma sobre o mar. E nascem palavras no mar O mar de sua enorme boca Começa a falar E dizer que a vida é ida e volta Ida da volta Volta da ida E por isso não tem fim Essa saudade nanja fingida. Saudade veloz Doce e azeda Amarga e melíflua Como a vida ida e volta Como as ondas do mar Que nunca se esgotam. Semeia, criatura, Tua mais fluida sepultura Entre as coisas que se movem Entre águas de correnteza tão indecisa Escondidas em arcanos definitivos Por ser tu o cativo que te aprisiona. Jaquelyne de Almeida Costa

Avis rara

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Anoiteceu E tu não quiseste saber de mim. Anoiteceu E nem quisestes saber meu fim. E a dor aumenta a cada lembrança Não sei mais viver só de esperança. Esperei até cair num sono profundo E a certeza de que estavas pelo mundo Nesse teu inalcançável universo Atirou-me ainda mais no abismo. Nessa saudade que me sinto Perco totalmente o equilíbrio E decido o destino duma vida inteira Em pedaços. Estou repartida de mins Desapareço como fogo na lareira És de mim o reverso Um anjo triste e esquecido, Sempre tão calado e tímido Acostumado a viver sozinho. Tuas lágrimas não enxugam as minhas Tua dor não alivia a minha Tua solidão não é maior que a minha E mesmo assim insistes Em te mostrar mais fraco. Percebo, tristemente, que nossos caminhos Estão cada vez mais distintos. Tenho que reaprender a andar Numa estrada apertada Repleta de abismos, setas erradas E curvas extremamente fechadas. Tenho que ter força e dizer adeus.

Meu céu é sempre muito azul

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“Ma il cielo é sempre píu blu...” (Rino Gaetano) Esse azul é sempre O que me consola Passa a noite Acorda o dia E o azul de minha alegria. Eu cavalgava sem medo Esperava me trazerem as flores Antes que o céu azul fosse embora. Me deitava encantada A sombra da lua Na minha sacada Uma noite estrelada Bordava de manhã -ainda O meu lençol azul Estendido sobre a Terra. Eu enfrentava a tristeza Enquanto um menino No outro lado da rua Me sorria E eu dizia Meu céu é sempre muito azul Mesmo nos dias De minha mais rara alegria. É esse o azul da vida Que me contagia Vou surgindo como o céu Ora calmo e claro dia Ora tormentosa e escura noite Numa eterna inconstância Sofrida, Mas mesmo na mais perigosa Das noites O meu céu é sempre muito azul. Jaquelyne de Almeida Costa

Não me podes ter

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Não me podes ter Ainda, Amor, Minha hora não chegou. Não me podes ter Ainda, Amor, Teu amor é incolor. Não me podes ter Ainda, Amor, Pois que o sol nem despontou. Não me podes ter Ainda, Amor, Não sabes nada do que sou. Não me podes ter Ainda, Amor, Teu querer é falsa ilusão. Não me podes ter Ainda, Amor, Não sinto meu o teu coração. Não me podes ter Ainda, Amor, Meu principal poema não sabes ler. Não me podes ter Ainda, Amor, Esperes o meu amanhecer. Não me podes ter Ainda, Amor, Porque não podes me esperar. Não me terás nunca, Amor, Porque só quem ama -verdadeiramente- Saberá o meu vernante desabrochar. Jaquelyne de Almeida Costa

Há um segredo enorme em ti

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Eu sei porque és tão sisudo Não fazes questão por conversa A muitos passas uma imagem De machão solitário e casmurro Vaqueiro que entre goles de wisky Aceita um flerte de uma bela garota E a beija como se dela gostasse. Mas, quando beijas assim Não é por ela o desejo Que deveras sentes, Há um amor em segredo, Há um segredo enorme em ti. Quando fazes amor com tuas garotas Preferes sempre o dorso alvo delas (como num cavalo realizas teu trabalho) E então mudo segues teu caminho A esperar o dia em que ele virá - viver o conto de fadas diferente- E na montanha os dois se entregarão Não há porque disfarçar Não há porque esconder teu eu legítimo Não há motivo para o cenho As frustrações parecem ir embora Quando se abraçam sem culpa. Mas, há um erro mortal Nessa tua história: A de negar a tua verdade Para ti mesmo (tens medo do que os outros podem pensar) E para essas moças Que te suprem uma necessidade, Pois se soubess

A viúva austral

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Eu entrei naquela casa Com a fé mais profunda Que possuo E me deixei levar Pelos passos imaginários De alguém do passado. Esse meu guia De projeção austral Trouxe todo um universo Pesado, escuro e lodoso Um breu quase espiritual E eu estava perdida Como quando ao meu lado Sua presença realmente existia Ainda que por poucos minutos. Eu entrei naquela casa E estou de luto de mim Desde o dia em que cheguei Naquela cidade vazia. Meu manto é negro Bordado como a noite, E guarda arcanos secretos Como o nascimento das estrelas. Jaquelyne de Almeida Costa

Nome novo

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Um dia me tornar árvore Foto: Jaquelyne A. Costa Aqui vai um poema para desejar a todos um 2009 diferente, feliz, amoroso, e que tenha a beleza de ser como uma árvore... Andar Pernas que têm vida própria Olhar Apenas vejo meus passos Admirar Quando o vento passou E me mostrou um ser Cheio de folhas, raízes e pele de madeira. Eu vi um ser Esta manhã Que todos chamam Árvore . Sinto o gosto Essência marcante E respiro: á - r - v - o - r - e . Gostaria de ser toda Folheada, enraizada e com eterna alma bailante. Meu nome novo é Árvore Para que todos os pássaros De mim arranquem Toda a serventia Toda a essência vernante De se fazer sentir . Jaquelyne Almeida Costa

A racionalização da Palavra - Parte III

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Seria possível dizer que o Jornalismo Literário fosse capaz de dar conta dessa transfiguração da vida que, segundo Nietzsche, só a música possui? Não sei. Sinceramente não sei como ela poderia existir no Jornalismo. Que o Jornalismo é uma necessidade humana de se fazer comunicar através da “divulgação” dos fatos é uma idéia que exige muito mais que essas palavras. Mas será que a Poesia, a linguagem poética unida ao “contar histórias” não poderia ser uma saída para essa superficialidade que corrompe o Jornalismo? De que modo a força da música adentraria a linguagem jornalística? Como individuo dessa sociedade me sinto atravessada por uma angústia (não sei ao certo qual o sentimento) que me faz abafar o sentido orientador, e espero um dia encontrar o fio que Ariadne deixou no labirinto onde muitos são os Teseus, inclusive eu. Quem será a Ariadne que precisamos?A perfeição da música inserida na escrita? Essa perfeição permitiria a existência da Eternidade, o nosso tempo não seria mais fug