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Mostrando postagens de novembro, 2008

Perry

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Fonte: Google Ao ver fotografia de Perry Smith no livro A sangue frio de Truman Capote Era um olhar acastanhado Intensificado por grossas sobrancelhas De expressão irônica e dola humildade. O cabelo sempre muito alinhado A não ser uma única mecha Dependurada no meio da testa. Colarinho muito bem abotoado, Ombros largos, Camisa impecavelmente engomada. Havia, além da plaqueta de identificação, Um ar de frieza e tranqüilidade. Era uma fotografia De registro em um livro Romance não-ficcional Sobre um homicídio múltiplo Que aconteceu no interior do Kansas Em 1959. Tantos anos se passaram E eu ainda sinto um frio estranho Quando vejo o homem da fotografia, Sua calma exala uma difícil personalidade psicopata Disfarçada na aparência De baixa estatura e pernas tortas Que o faziam claudicar. As rasas aparências Já não me enganam mais. Jaquelyne de Almeida Costa

6ª edição da Feira de Saúde e Cidadania amanhã

O Projeto Colméia disponibiliza serviços de assistência social juntamente aos seus 32 parceiros No próximo dia 28 (sexta), o Sesc Petrolina realiza a sexta edição do Projeto Colméia – Feira de Saúde e Cidadania. O evento enfatiza o compromisso e a responsabilidade social da unidade executiva proporcionando à comunidade um número extensivo de serviços de maneira multidisciplinar nas áreas de saúde, assistência, cultura, lazer e educação. O projeto tem início às 7h e encerrará às 13h do mesmo dia, nas dependências do Sesc Petrolina. Serviço Projeto Colmeia – Feira de Saúde e Cidadania Entrada: gratuita. Data: 28 de novembro Horário: de 8h às 13h Local: Rua Pacífico da Luz (em frente ao Sesc) Outras informações sobre o evento: (87) 3866-7468 / (87)3866-7474 Site: www.sescpe.com.br

Doce força

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Ao ouvir a canção Samson de Regina Spektor. Sansão, Eu amo sua doce força Eu amo sua face Como se nada me pudesse estragar Essa verdade que sempre vem Como se fosse a primeira vez que eu lhe visse Levantando uma flor que caíra Do alto de um prédio frio. Sansão, Eu amo suas mãos suaves Não quebre meu coração Com sua doce força E volte a colher a flor Que chora sua terra derramada seu vaso quebrado e solitário. Você é a minha branda força Minha fortaleza de carne e osso e coração Eu preciso que você volte Assim como quem vem de muito longe Com saudade de tudo Com vontade de amor. Sansão, Escute esse piano que toca E ressuscita nossa canção E revive nossa flor derramada Em seu vaso solitário. A música fala mais que eu Pode mais que eu Atingir sua doce força Para que os seus braços fortes Possam me abraçar a alma Para que suas alvas mãos Possam sustentar meu rosto emocionado E seus olhos mornos Possam encontrar em mim O amor que me espanca o peito Com força, muita força, essa força doce q

Abdicação

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Hoje não te quero, E deixe de tantos “por quês”. Hoje não te desejo Não te sentirei Não te beijarei Não, nos olhos, te olharei. E deixe de tantos “como?”. Hoje para mim és repugnante Mais um viandante que caminhou, em vão, Calçadas minhas. Hoje nem quero que me venhas E se insistires, voltarás pelo mesmo caminho. Te fecharei as portas Só por hoje, Não te quero aliviar o cenho cansado, Não quero ouvir confissões, Não quero saber intimidades Nem tuas nem alheias; Não quero que me leias Não quero declarações Nem chamamentos carinhosos. Hoje não te suportarei, vida minha. Hoje estou em clausuras necessárias E tu, só tu, sabes e podes retirar-me de mim. Jaquelyne de Almeida Costa

Abaixo de nossos pés

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Há mortos a cada pedaço do chão Que se encontra abaixo de nossos pés. Abaixo de ti Há todas as minhas lembranças E o meu coração sepultado Prematuramente. Teus pés encharcados De pretéritos sonhos meus. Jaquelyne de Almeida Costa

Infância noturna

Para minha mãe, enquanto dormia. E aos poucos Bem de leve Fecham-se aquelas cortinas escuras. Branca, Pura criança dorme. Não tenha medo, Minha querida, Não tema o profundo abismo do sono. Eu estou aqui, Eu estou bem ao seu lado Zelando-lhe o sono curto Da infância noturna. Jaquelyne de Almeida Costa